sábado, 31 de dezembro de 2011

Boas idas e vindas


Eu te recebo como alguém
Que recebe uma notícia boa.
Com um sorriso à toa
Como uma cura
Ou um presente de formatura.

Que seja difícil o suficiente para motivar
E que eu não deixe a oportunidade passar
Porque a gente tem mania de querer mais
E espera chegar sem correr atrás

Eu te recebo dentro do meu peito
Porque virá de qualquer jeito
E espero que eu te faça melhor
Mais risadas, menos dor
E umas gotas de suor

Então que venha
Porque dessa vez eu arrisco
Nessa crença de que tudo muda
Depois da virada
O que era rabisco
E destaque em livros de auto ajuda
Vira promessa a ser cumprida
E motivo da minha luta.


domingo, 25 de dezembro de 2011

‘’All I want for Christmas’’



De feriados capitalistas
Estou cheia e vazia
Os presentes que eu queria
Estão ausentes neste dia
E não me vejo mais
Como antes eu via
Como menina esguia
Que vivia e escrevia
E hoje só sonha e fantasia

Agora disseram que o mundo acabaria
Pois o mundo que eu conhecia
Aguentou o quanto podia
Toda rebeldia
Toda guerra fria
Toda sua cria
Não foi como devia
Mas bem que poderia
Ter acabado em poesia

Então se pudesse, eu desejaria
Devolver a alegria
Em forma de mercadoria
Se precisasse, venderia
Porque parece ser de mais valia
Já que de graça ninguém aprecia

Será que assim o mundo se salvaria? 



sábado, 24 de dezembro de 2011

Querido Papai Noel




O espírito de natal, a vontade de parecer feliz e fazer outra pessoa feliz dentro dos padrões e princípios do capitalismo, é claro, fica camuflado na fôrma de gesso ou de minúsculas lâmpadas coloridas, fortalecendo cada vez mais a indústria cultural.
Em meio a boletos, notas fiscais, recibos, cheques pré-datados e cartões de crédito; existe aquela vontade oculta e desesperada de fingir ser mais e poder mais.
O egoísmo já não é tão aparente, se esconde atrás dos embrulhos, dentro das embalagens, amarrados, com um laço de fita...

...e eu não me espantaria
se visse um dia
o espírito de natal
estampado na nota de um real.

Dezembro/2006... é antigo mas fui eu quem escreveu e a ideia permanece nos dias de hoje, infelizmente.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amor próprio



A gente fala de amor.
Ouve, respira, lê
O tempo todo, em todo lugar.
Enxerga cor
Num mundo antes P&B
Brinca com degradê
Até se cansar

A gente sente amor
Pela pessoa que vem vindo
Só para fazer o mundo mais lindo
Pelos pais, irmãos, animais de estimação.

E por você, primeira pessoa do singular não conjugada, nada?

Nem uma lembrancinha importada? Personalizada?

Um carinho, um presentinho?
Um novo vestido?
Ou apenas palavras sem sentido,
Ao pé do próprio ouvido?

Ser indiferente ao reflexo do espelho
Machuca que a gente nem percebe
Então a gente bebe
E se dá conta que deixar o outro de lado não é errado
Quando se está do lado oposto
No posto de rejeitado
Se dissolvendo em desgosto


sábado, 26 de novembro de 2011

A origem




Quando a gente cria um mundo não quer dizer que o que vivemos não está bom.  O mundo que veio pronto é genérico e cada um é cada um. É como personalizar sua página no iGoogle.  Você escolhe cor, a disposição, o cenário, os ícones. Mas não escolhe o que vai aparecer nas atualizações.  E então, num passeio discreto em solo estrangeiro, encontramos um ser de outro mundo e criamos um novo mundo, detonando o nosso. Aí acontece uma coisa engraçada. Aquele mundo desaba. E as coisas só desabam quando a gente abandona. Passa um tempo, a gente não aguenta mais ver aquelas ruínas, o pó começa a fazer mal e o nível de feiúra e descuido da situação incomodam. Simplesmente não dá pra viver mais ali. Empacotar é o de menos, o problema é a ideia da mudança. Porque o caminhão só leva os bens materiais. E para onde? Sim, vamos para aquele mundo que você rejeitou no começo. Viver uma vida medíocre, sem sonhos. Qual o problema em construir um mundo novo, seu? Já fez isso antes, lembra? Pode demorar, mas pense na pintura nova e o cheiro de cimento fresco. E lembre-se de nunca mais demolir seu mundo quando resolver se aventurar em terras estrangeiras. Porque isso vai acontecer de novo.



domingo, 20 de novembro de 2011

'Sixters'


Quando uma pessoa é tão amiga, a gente chama de irmã. Engraçado porque quando uma irmã é tão legal, a gente chama de amiga. E no maior clichê, arrisco a dizer que só quem tem sabe como é bom! É uma saudade com choro gostoso. Não é vontade de ficar abraçada o tempo todo, mas saber que estão dormindo bem já te deixa mais tranquila. E como tem o poder de te magoar e te alegrar mais do que qualquer um no mundo! Não tem como fingir nenhum dos sentimentos que elas provocam. Céu e inferno dentro do mesmo frasco... e os melhores momentos que uma pessoa poderia ter. O pior e o melhor relacionamento e que, de alguma forma, escolhemos para a vida toda. Sentir suas emoções. Quando passa mal, quando está apaixonada. É o amor que não precisa de toque. É lembrar da mesma coisa e rir muito, só vocês. Saber que tem alguém ali torcendo por você. É isso.


Então tá, fica assim.


Não te procuro, você não me quer de nenhum jeito. Já entendi que nem tudo é perfeito. Não vou esperar parada. Porque assim o tempo passa devagar. Também não vou correr. Só se for pra sentir o vento brincando com os meus cabelos. Vou abusar do ritmo normal que as coisas deveriam ter tomado. Sem pressa, sem chá de cadeira. Se volta, não sei. Acho que não quero mais saber. Porque nesse meio tempo não fiquei menos inteligente, meus amigos ainda são os mesmo, aliás, ganhei mais alguns. Quero dizer, o mundo não mudou, eu que estava vendo tudo diferente. E todo mundo tentando me acordar.
Só vê se entende que eu não preciso do seu beijo, do seu abraço, do seu toque. Percebi que precisar é uma palavra muito forte. Eu preciso de oxigênio. E você me tira o ar. Ficar controlando as coisas que falo ou faço, imaginando o que você poderia dizer, isso eu não faço mais.
Eu só queria ser sua, sem regras.

domingo, 13 de novembro de 2011

Um conto de facas


Eu te amo, eu te quero, eu te dou a lua. A mentira já começa por aí. Quantas vezes a lua foi dada por príncipes ditos apaixonados? Quantas luas há no céu? O meu ponto de vista ‘’fairy tale total’’ diz que há um céu para cada casal apaixonado, com uma lua linda e vistosa, e dela. Ganhada pelo simples fato de merecer seu coração. Certo, mas em prol das garotas que tiveram a infelicidade de receberem em suas vidas, príncipes que viraram sapos, vou tentar colocar um pouco mais de amor e ódio aqui.

Atenção príncipes de todos os reinos. Viemos por meio desta, comunicar que já sacamos a de vocês e não sentimos muito por isso. É fato que o mundo é dos espertos e que sofremos durante séculos pela pura inocência de acreditar em suas promessas furadas. Acontece que, se pudéssemos escolher por quem nos apaixonaríamos tudo seriam mais fácil, mas como seres humanos que todos somos, se fosse fácil ninguém ia querer. Vamos acabar com seus cursinhos baratos e queimar suas apostilas de como conquistar garotas. Porque a receita ideal é aprender a manter. E sem máscaras. “Prazer, sou um sapo” já está de bom tamanho, com isso não esperaríamos um comportamento de príncipe. Então esqueçam os sorrisinhos gratuitos, apelidinhos bregas e aquela maldita “passassão” de mão no cabelo porque isso não vale nada se o que vocês querem comer mesmo são as moscas.

Vontade!


Um amigo disse certa vez, e depois repetiu em todas as vezes certas. “Dor gera poesia”. Então eu esperei doer, de novo. Porque sempre tem alguma coisa que vai fazer doer, mesmo que não estejamos esperando.
E então enquanto dói de um lado, nasce uma vontade do outro. Vontade de fazer parar, vontade de procurar outra coisa para tomar lugar.

E a vontade é a explicação para uma compra não planejada, para um beijo não esperado. Um querer livre, mas com foco. Desejo que invade, vontade!
Quando preguiçosa, é falta de vontade. Quando falta capricho, é má vontade. Quando esperançosa e sem cobranças, é boa vontade. Se súbita, é vontade de jogar tudo pro alto. Se insistente, é força de vontade.

E se nada te tenta, experimenta, comenta.
Fique à vontade!

domingo, 6 de novembro de 2011

Passing by


Passa das três.
O efeito do álcool passa.
É, agora, às vezes tem álcool dentro do meu copo. Dentro do meu corpo.
O sono passa.
Só não passa a vontade insana de te querer sempre perto.
Esses tempos sonhei com você e, aqui deitada na minha cama, pude sentir todas as coisas boas do mundo dentro de mim.
Ilusão.
Passado que vêm à minha cabeça em forma de você.
E que não me deixa ir, deixa ir, deixa ir...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A cabeça dói...


... e eu me sento mesmo assim para escrever. Algumas vezes escrevo para compartilhar, contudo, geralmente o motivo é mesmo de colocar pra fora o que estou sentindo e não devo sentir porque machuca demais.
E penso que deveria agradecer aos mortos pelo descanso que tive hoje. Por não ter que acordar cedo. Por descansar um dia, já que eles estão descansando todos os outros. Se eles não tivessem ido embora, hoje eu estaria trabalhando.
Humor negro à parte; confesso que odeio sequer pensar em morte. Não vou à velórios. Não insistam. Não é falta de respeito. Quero gente sorrindo e fazendo graça nas minhas lembranças, é direito meu. Eu perco a noção do tempo com a morte. Nunca sei quanto tempo faz que perdi as pessoas de vista. Mas sei que naquela festa, minha prima estava um arraso! E que nunca mais eu vou comer chokito com o mesmo gosto do que o meu avô trazia. As conversas sem noção do meu tio, que só ele entendia. E tantas outras coisas não serão iguais. Então porque desistir de tudo por alguém que não te ama? Tem tanta gente por aí. Diferente, pronto pra ser descoberto. E eu preciso tentar... pelo menos uma vez. Mesmo que vá contra tudo que tenho lutado até agora. Mesmo que eu tenha morrido pra você, você sempre vai viver dentro de mim. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ÃO


Não sei não
Quando fiquei tão
Sem razão
Foi como um clarão
No meio de um furacão

Estava na solidão
E você veio então
Te chamei de solução
De paixão, de perfeição
E nessa contemplação
Passei um tempão
Eu te querendo um tantão
Você me amando ‘gigantão’
Dia sim, até que um dia, não
Você sumiu na escuridão
Como um vilão
Num parque de diversão
Abriu um vão
Fechou o portão
Rejeitou meu coração

E acordei sem emoção
Sem ninguém para me pegar na mão
Sem corpos em união
Sem tesão
Sem visão
Sem reação
Depois do seu não.

*Obrigadão ao Paulão, criador do bordão ‘’Cervejão’’.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dezenove de outubro



dez . e . nove
Se tivesse mais dez seria vinte e nove
E eu estaria aprendendo a viver sem você
“Já que você não me quer mais”*

Dezenove é antes do vale
E vale mais que a comissão
E o que se passa aqui dentro hoje
Ninguém sabe não

Porque é dia de casamento real
De Fernando e de Isabel
E Santos Dumont dava a volta na torre Eiffel
Voava num balão à gás
E doze anos depois
Nascia Vinícius de Moraes
Vinha também ao mundo Dom Pedro primeiro
Futuro imperador brasileiro**

Por aqui nossa própria história
Contada, escrita, dividida
E guardada na memória,
Parte essencial da minha vida
Num dia dezenove
Do mês dez
Às nove
E foi assim que aconteceu
Você e eu.


*Ref. à música “Vinte e nove”, de Renato Russo, interpretada pela Legião Urbana.
** Fatos históricos reais:
19 de outubro de 1469 – Matrimônio dos reis católicos, Fernando e Isabel, na Espanha.
19 de outubro de 1798 – Nasce em Lisboa, D. Pedro I.
19 de outubro de 1901 – Alberto Santos Dumont dá a volta em torno da Torre Eiffel num balão.
19 de outubro de 1913 – Nasce o poeta e compositor carioca Vinícius de Moraes.

domingo, 16 de outubro de 2011

Bom dia classe!



‘’Professor ganha pouco’’
É o que ouvimos por aí.
Mas quem já ouviu alguém dizendo que ganha bem?
O salário é o de menos
Comparado ao número de funções que temos
O professor não é diferente
Ele também é gente
É o pai, a mãe, o amigo, irmão
E está entrando em extinção
Mas ninguém presta atenção
À pontuação, à equação, à direção
Ao espaço da maçã em cima da cabeça
À maçã em cima da cabeça
Ou mordida, na mão do adolescente
Se é que você me entende

De mestre à vítima da violência gratuita
Colete à prova de balas,
Chicletes, pirulitos, chocolates
A arma vem de casa
Em nome do pai
Do boletim e notas de um real
Do filho
E do espírito de porco que não vai à reunião
O sinal toca
Eu não acho pouco, não.

12 de outubro



Tudo começa com duas pessoas que se amam, ou não. Mas que sentem atração, geralmente. E quando não planejado, vem o descuido. Depois o desespero. E por aí vai. Às vezes a história tem um desenrolar feliz, às vezes nem tanto. Mas o fato é que, à essa altura, o futuro da humanidade já respira enrolado nas cobertas. E cresce.  Mal educado, bagunceiro, cutucando o nariz, chorando de saudade e dormindo com leite morno. E aí não tem mais jeito. Você já foi pego. Responde por mãe, pai, tia...
Esse pequeno ser toma um feriado católico para si e o varejo em peso o apoia.
Mas o eu vejo nesse dia são as variáveis de todo feriado: churrasco, cerveja, músicas de qualidade duvidosa.
Acidente aqui, acidente ali, fica bom para todo mundo. Os socorristas não vão trabalhar em vão. As pessoas se sentem alegres, momentaneamente. E as crianças brincam com seus novos presentes, sem noção ainda do que realmente acontece. E um feliz dia das crianças à todos. Principalmente aos que acham que seus atos infantis não tem consequências.

‘’A vida só vale a pena quando somos amados por uma criança’’ – Toy Story

domingo, 9 de outubro de 2011

Estamos no clima


Na verdade, em ebulição, quase no estado gasoso.
Sol no alto. Como se o dia todo fosse meio-dia. A desculpa perfeita para uma reclamação, para a aquisição de um ar condicionado, para tomar uma gelada. Mais gente no clube, mais chopp saindo, mais campanhas ‘’doe um biquini’’. Não?
Porque eu juro que numa cidade em que a maior parte do tempo faz um calor infernal, temos inúmeras campanhas de doação de agasalho. Certo. Morrer de frio não pode. Câncer de pele, desidratação, aí tudo bem.
No frio temos festival de caldos e todos os ‘’ccinos’’ possíveis e imagináveis. No calor abusamos do sorvete e do ar condicionado. Ah, mas abrir a porta da geladeira depois de tomar café não pode.
Quer saber, já cortou o clima.

Recado dado, abraço caloroso para vocês, bebam muita água e, no modo mais Bial de ser ‘’não esqueçam o filtro solar’’.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não, nós não temos bananas!



Sim, eu aceito.
Exemplo feliz, positivo e que adiciona (se é que vocês me entendem)
Sim, eu posso. Sim, eu faço. Sim, eu espero.
E por que não? E por que não o não?
Não, não tem problema.
Parece difícil, não é mesmo?
Mais fácil é mentir e dizer que pode quando não pode.
Tem razão, não custa nada.
Nem tempo, nem saliva, nem paciência.
Às vezes é só dinheiro.
E dinheiro todo mundo tem fácil, fácil. Certo?
Então esse post é mais uma perda de tempo pra você.
Pra você que sempre desvia para as pessoas passarem. E nunca se importa quando grupo enorme de pessoas passa à sua frente na fila do cinema, conseguindo lugares melhores que você. Nem se importa em buscar as crianças da vizinhança toda na escola. Não reclama se faltou o hambúrguer do seu sanduíche ou o gelo no seu refrigerante. Tá tudo bem pra você.
Só mais uma coisinha. Posso te pedir um favorzinho?

Por que mesmo que é assim?



Brinquei quando criança. Aprendi a ler, escrever. Escolhi meus favoritos. Atores, autores, diretores. Aprendi a cozinhar e gostei. Estudei, me formei. Arrumei um emprego legal, saí, arrumei outro legal. Namorei, tratei bem as pessoas. Não posso dizer que perdi algum amigo, ainda bem. Fiz tudo certo. Nunca menti nem ocultei fatos. Não gosto de lavar banheiro, mas tenho que fazer de vez em quando. Não gosto de acordar de um sonho bom e descobrir que era só sonho, de não saber o nome da música que está tocando no rádio, de ouvir gente falando errado e achando que está certo. Gosto de organizar DVD’s e livros por ordem alfabética. Gosto de sentir o vento da noite e continuar enrolada no edredon. De manter minhas unhas curtas. De música. De alguém gostar de mim pelo que escrevo, converso e não o que visto. Quando eu gosto, não duvide. Quando eu não gosto, eu falo mal, mas respeito. Não escondo nada, não procuro briga. Nunca. Odeio briga. Acho muito errado ser estúpida com a pessoa que escolhi para passar o resto da vida junto. E por que todo mundo que faz o contrário merece o mundo feliz que eu almejo e não se da conta disso?
É como um bazar de roupas usadas. Quando você doa simplesmente, as pessoas não se importam e jogam fora, mas se fizer com que paguem um mínimo valor por aquilo, elas cuidarão de suas aquisições.
Portanto, o que é meu tá guardado... e o de vocês também.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

.::eu e você::.


Já fiz de tudo. Ou quase.
Beijei o primeiro que me empurraram, fui pra balada, não fui pra balada.
Passei um tempo em casa... refletindo, assistindo filmes, comendo pipoca com manteiga, com caramelo. Fiz terapia, parei a terapia. Procurei terapias alternativas. Ainda não comecei nenhuma. Pensei em medicamentos. Não comprei nem tomei nenhum. Me empolguei com poucas coisas, perdi a vontade de muitas. Comprei livros novos. Estou lendo dois. Música continua sendo de extrema importância. Você também. Passei noites sem dormir e dias sem comer. Peguei receitas novas, fiz e convidei amigos para experimentar. Conheci tanta gente que aqui não vai caber. E nada de te esquecer.

***

Você continua aí. Vidinha normal, mundinho bacana. Quase não sai. Quando sai, não curte de verdade, mas engana bem. Não gosta de quem é, não sabe o que quer. Mas tem tudo na mão. Inclusive eu. Rosto lindo, porte ‘’acadêmico’’, cabeça cheia. Educação e oratória nota mil. Idéias boas, mas planos constantemente adiados. Parou de sonhar, parou de querer mais. É menino. Acha que não merece. E eu confio. E apoio. E te contemplo, razão do meu viver. E você, nada de me querer.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Eu te amo e você sabe disso. 
Mas não tema o compromisso 
ou uma pressão qualquer. 
Porque sua simples existência 
faz toda a diferença 
e acalma o coração dessa mulher. 
É você, o homem para a minha vida! 
E sua confusa despedida,  
me agoniza mês a mês. 
E mesmo que eu negue 
e não me entregue, 
é por você que me apaixono mais uma vez.

"Assentos" Ortográficos

Olá mundo!
Parece que as acomodações estão muito boas mesmo porque ninguém tem vontade de se mexer ou parece se importar com... bem.... nada. Novidades para todos. Burrice existe... e pega! Ah, e ignorância é outra coisa. A primeira desculpa é a falta de tempo (= falta de interesse e preguiça).
Ignorante é o Chico Bento, e mesmo assim ele vai à escola. Contudo, para que o personagem fosse criado, o autor precisou pesquisar bastante o regionalismo envolvido e então construir a trama. Ambientação, linguagem, enredo.
É, mundão que a gente vévi... onde todos trocam circunflexos por agudos, sem entender que a dor mais aguda é a de ouvir isso dia a dia. Quando a gente asseste a televisão, numa fila de banco, no cabelelero  e especialmente postos de saúde! E para que teje bem explicado, pra mim não ter que desenhar, vamos colaborar um pouquinho. Aceitar correções, ler, ouvir... Isso é evolução pessoal. É uma gotinha de água no bico de um passarinho que ajuda apagar o incêndio na floresta.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

É você


É você que me deixa assim
Ora estática, ora louca
Tirando toda a roupa
Me levando ao paraíso

É você que me deixa assim
E não importa o que você não faz
Ou o que deixa para trás
Você tem o que eu preciso

É você que me deixa assim
E eu já não consigo esconder
Essa cara de boba
Esse coração que não para
Quando pensa em você

É, você me deixa, assim
Assim que eu abrir os olhos
Recolher os restos
Polir os ossos
Voltar à estaca zero

Porque...

É você quem está sem mim
Custa receber-me de braços abertos?
E os olhos, descobertos
Aceita, enfim, que eu te quero.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tá rindo de quê?



Do pouco que eu ganho ou do muito que eu faço?
Dos telefonemas que eu não recebo?
Dos parentes que eu não vejo mais?
Ou do amor que me deixou?

Tá rindo de quê?
Das risadas tristes, sufocadas
Na minha cara vermelha
Onde também escorre água e sal
Ou dos meus sonhos parados na esquina
Enquanto a realidade varre o meu quintal

Então ria da inconformidade
Ria da propaganda eleitoral
Das lixeiras vazias e o chão coberto
Ria de quem não chega perto
Ria do preconceito racial
Das mãos atadas, não-dadas, machucadas
Do instinto maternal
Então ria das crenças e dos defeitos
E da falta de respeito
Desse mundo desigual.

terça-feira, 19 de julho de 2011

E é assim que acontece

Pois este que me aquece
Me tira o freio
Me consome
Só assim ele some
Se for do mesmo jeito que veio

Porque não adianta o esforço
se a vontade é virar o pescoço
e buscar o que está lá atrás

Então o jeito é cuidar do amor que chora
Quem sabe ele não evapora
e aceita o seu "nunca mais"

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Algumas vezes cruzei a Saudade...


Mas na maioria das vezes, desci paralelamente. Sem me preocupar com a Saudade ao lado. Hoje, quando volto das companhias diárias num expresso para a solidão, eu passo pela Saudade. E todos os dias nessa vida que começa na morte, nessa via de mão única que desce, e não me esquece. E que chama Saudade. Que me leva pela metade. Porque já tem um tempo que eu não ando por aí completa. E, embora queira parecer discreta, quanto à essa dor concreta. Estou caindo aos pedaços, devido aos espaços entre você e eu. Enquanto você insiste que tudo morreu. E fico na vontade. À espreita de outra realidade que, quem sabe por ventura, cruze a Saudade.

*Saudade está com letra maiúscula porque é uma referência à avenida no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto – SP e a saudade, aquela falta que aperta o peito.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Não peço que me entenda


Ou que me atenda
Se eu ligar de vez em quando
Para saber as novidades
Ou dividir as felicidades
Ou contar o que ando sonhando
Não peço que me espere
Se eu estiver atrasada
Ou aparecer na hora errada
Com a cara fechada
Não te peço nada

Mas agradeço se quiser ficar,
Entender, me fazer sorrir
E se me aceitar
Não vou ter nada mesmo pra pedir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Próximo >>



A gente nunca fica completamente “à toa”, não é mesmo?
Um momento curtindo preguiça é um momento curtindo preguiça. E é sagrado. Se fosse à toa, poderia facilmente ser substituído por algo que se aproveitasse melhor.
Eis que em um momento à toa, descobri o “Próximo Blog”.
Ao acaso, como é mais gostoso, descobri coisas muito interessantes.
Próximo é o que vem em seguida, após, depois de algo. E não é legal ficar parado em um instante, por mais incrível que seja e que dê vontade de vivê-lo para sempre. Temos que dar espaço para o próximo. Fazer “durar infinitamente até a próxima vez” (do “próximo blog” From Hell).
Em, “Procurando Nemo”, o bordão “Continue a nadar” e em “A família do futuro”, o bordão “Siga em frente” (ambos da Disney/Pixar) apostam nessa ideia para as crianças. Então por que parece tão difícil quando se trata de nós?
Evitar a evolução. Isso não combina com a gente.
Então... Keep Walking.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Você quando ama é intensa


E livre
E só quem esse amor vive
Sabe a diferença

Você quando cuida, é imensa
E abraço de gente estranha
E olhar de gente amiga
É recompensa

Você em sua saudade
É metade
É simples e composta
É pergunta sem resposta

Eu sou figura de linguagem
E te sigo nessa viagem
De conhecimento sobre humano
Simplesmente porque te amo

* Nota: texto contido no cartão anexo ao presente que ganhei no dia dos namorados, de mim mesma

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Oi você que está aí fora...

Já percebi que você me percebe.
É, acabei te espiando também.
Pode ser que tenhamos esbarrado em algum corredor.
E o tempo se encarrega de nos apresentar de acordo, se merecermos.

Como está o tempo?
Se não gelar as pontas dos meus dedos, já é convidativo.
Se eu ganhar um abraço quando sair, melhor.
Porque eu vou te contar que aqui anda frio, vazio e triste.
Estou olhando pela fresta, você ainda está aí.
Acho que é hora de te deixar entrar...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Não adianta fechar os olhos


Trocar os lençóis
Mudar de casa
E planejar um jardim
Porque as melhores lembranças
Suas, minhas e nossas
Estão para sempre
Dentro de mim
E revivo todos os dias
Apesar de ouvir sempre que não devo
Quem adverte talvez não saiba
Então é pra vocês que eu escrevo

Sabe quando o elevador para
E a última coisa que a gente sente
É um frio na barriga?
Ou quando o dia acaba
E antes de anoitecer
O por do sol
Deixa as pessoas coloridas?
E quando
Todas as músicas da estação
Parecem ser sua preferida.
É fácil pra quem está junto
Falar simplesmente
“Você precisa esquecer”
Porque não sabe como é
Nem por um segundo
Ver tudo se perder
E não é questão de estado
De ficar parado
E inutilmente, esperar
É questão de ser
Para sempre apaixonada
E não conseguir explicar.

domingo, 24 de abril de 2011

Guerra dos Sexos


Alta para uma mulher, baixo para um homem.
E lá vem a sociedade colocando estereótipos na nossa cabeça novamente. Sim, a sociedade que, apesar do termo singular é um amontoado de gente que pluraliza tendências e enfia na nossa cabeça, como quando recheamos um porco para assar. E quem recheia o porco e coloca pra assar? A cozinheira, mulher. Porque o cozinheiro homem é chamado de Chef. Ele só indica o que a cozinheira deve fazer; inclusive lavar os pratos depois que os convidados terminarem de comer. Porque enquanto ela lava os pratos, o Chef recebe os elogios e todos os créditos.
Estou sentindo certo sarcasmo de minha parte e certo desnível da sociedade Darwinista (e Darwin era homem). As castas multiplicaram seus significados. Não se trata apenas de poder aquisitivo. É a lei da seleção natural valendo.
Em uma entrevista de emprego para secretária, todas as candidatas selecionadas são mulheres. Porque quando um homem é secretário, é secretário de Estado.
E quero que alguém me diga que “costureira” impõe mais respeito que “alfaiate”.
Dá até vontade de xingar. Só que palavrão é baixo para uma mulher, mas o homem deve dizê-lo em alto e bom som.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Discutível e debutável



“O Quinze” é o nome de um livro da Rachel de Queiroz, que eu ainda não li.
Quinze dedos são contados em duas mãos que brigam e uma que aparta.
Às quinze horas o sol já disse bom dia, o almoço já fez digestão e é quase hora de ir embora, descansar.
Quinze animais é muito para ter em casa, mas na floresta é extinção.
Quinze anos de carreira parece uma vida, enquanto quinze anos de idade é só o começo dela.
E tem gente que leva isso tão ao pé da letra que quer até debutar, ser apresentada à sociedade. Pois eu conheço a sociedade e não gosto tanto assim dela. E caso não saiba ainda, você já nasceu dentro dela, mas tem a opção de segui-la ou apenas dar uma espiadinha de vez em quando.

(para a minha irmã mais inteligente do que debutante, Raq)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Delírio II

Abro a janela, sinto o vento
Como quem quer me atirar
Pra dentro de uma doença,
E me dar histórias pra contar

Agora sou Cubas
Rei das viúvas
E da ironia após a morte
Quisera ter tido a sorte
E o tempo necessário
Para as realizações

Longe das páginas de Machado
Exponho algum pecado
E também minhas negativas
Com a vantagem de estar viva
Em uma era sem barões.

Delírio I

Okay, deve haver alguma razão pra eu gostar tanto de jogar paciência. Sim, aquele joguinho de cartas do windows. A princípio eu preferia o Super Mario... lógico né, nós, garotas, temos uma fase em que o principal ponto de atração envolve um homem dentro de um macacão. Ta, comentário pertinente, porém um pouco exagerado, já que o Mario é um encanador e não tem nada a ver, por exemplo, com o marido da Babalu de Quatro por quatro. Bom, o Mario tem como objetivo resgatar a princesa Peach, mesmo que ele não seja lá, um príncipe. E sim, eu acredito em príncipes. Pois bem, voltamos ao ponto inicial, em que a paciência, além de ser uma virtude, é o que me deixa mais próxima dos príncipes no momento. E só pra constar, o nome do jogo original é Solitaire... sugestivo?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Máquinas, pontes e roupa suja


A revolução industrial trouxe até mim a indagação “para que servem as pessoas, afinal?” Questão interessante que geralmente termina sem resposta satisfatória, mas hoje não. Hoje eu respondo com saudade e o algo mais que talvez nunca consiga explicar.
Cá estou eu novamente desfazendo cada ml do meu corpo em prol de... você. É sábado à noite e, ineditamente, eu tinha mais programas que uma máquina de lavar roupas (ou um canal da TV a cabo). Pois eis que “encho a máquina”, tomo um banho, entro no quarto e o cheiro do hidratante me faz voltar no tempo e meu corpo treme ao lembrar das suas mãos deixando esse mesmo perfume espalhado pelas minhas costas. Sento na sala com uma barra de chocolate super clichê, como se fosse te esperar chegar... eternamente. Escolho um filme. As pontes de Madison trazem o segundo “enxágue” do meu programa, com direito ao “amaciante” romance secreto de Clint Eastwood e Meryl Streep.  A plateia vai o delírio. Em um momento ele diz ter a impressão de que tudo que fez até o momento foi para chegar até ela. Isso me faz pensar como, então, minha vida continua sem você. E o que mais eu preciso descobrir para merecer tudo de volta. Ou poder estar pronta para “centrifugar” e começar tudo de novo... em outros trajes.
Só mais uma coisa. Os quatro dias juntos foram suficientes para que eles se amassem a vida toda. O que eu faço com os nossos seiscentos e noventa e oito, então?

terça-feira, 15 de março de 2011

Há quem fale do tempo que cura


De história, crendice, cultura
Daquele que a gente se engana enquanto vive
E o fingimento deixa a gente perdido
E quando vê, já está tudo esquecido.

Há ainda quem fale do tempo que passa
É o que veio um dia e, como tudo, foi indo
E a gente percebia sorrindo
O sol saindo e a chuva caindo
E passando ora depressa, ora devagar
E quando vê, já foi

E existo eu
Que me aventuro a contar dias
E enxugo os momentos que escorrem no meu rosto
De prazer ou desgosto

Mesmo porque quando eu morrer,
Por assim dizer
Não levarei nada que me cerca
Apenas o que abala e me diz
Que em algum tempo fui feliz

segunda-feira, 7 de março de 2011

Coisas que a gente patrocina II



“Você é o que você come”. E se comer bem, você patrocina a saúde.
“Rir é o melhor remédio”. Mesmo que seja sozinho. Você que ri, patrocina a alegria.
“Diga-me com quem andas...” e te direi quem patrocinas. O crime organizado ou a paz mundial.

Eu, por exemplo, quase não carrego bolsa. Eu patrocino o conforto em lugares com grande concentração de pessoas. Mas, em contrapartida, deixo também a suposta liberdade para os folgados que se sentem à vontade em continuar engordando e ocupando o lugar que a minha bolsa ocuparia.
Quem passa duas horas numa fila de banco e, só lembra de tirar a fatura e o dinheiro da bolsa ou da pasta quando chegam ao caixa, patrocina a impaciência e irritação.
Quem espera a data exata do aniversário para procurar um presente específico e difícil de encontrar, patrocina a burrice. Mesmo porque, aniversários acontecem todo ano na mesma data.
Quem permite os cinco minutinhos de sono da manhã, patrocina a boa preguiça.
Quem oferece ajuda e atenção a desconhecidos, patrocina o bem estar.

E você, o que patrocina?

Coisas que a gente patrocina I



E agora com vocês, uma palavrinha dos nossos patrocinadores...

Abrace quando ainda falta e chore quando não cabe mais.
Patrocine a liberdade de expressão.
Fale quando alguém precisa ouvir e ouça quando alguém precisar falar.
Patrocine a comunicação.
Conte os dias e patrocine a saudade.
Segure a mão pra não deixar cair e pule junto pra não deixar parar.
Patrocine a amizade.
Feche os olhos e patrocine os bons sonhos. Abra os olhos e patrocine a vida.
Grite bem alto, sonhe bem longe e acredite.
Patrocine o amor.

(Esse é o meu “filtro solar” para vocês)

terça-feira, 1 de março de 2011

Farmácia Popular –1mg



Caminhar todas as manhãs faz bem. São recomendações médicas.
E de médicos esse mundo está cheio.
“Ah, mas a neta da mulher que cortou o cabelo esses dias com a ex vizinha da minha nora corria todos os dias pela manhã e estouraram tantas varizes na perna dela que teve que amputar”.
Assuntos fantásticos esses de pontos de ônibus, tardes no calçadão e salas de espera de consultórios. Ou mesmo horários de pico em qualquer canto da cidade.
Se uma mulher ou um homem, que estão na fila especial de um banco, por acaso, tossem. É bem provável que alguém, da outra fila, cometa a indelicadeza de dizer: “tome mel que melhora”.
Claro que seus maravilhosos seis anos na faculdade de medicina fizeram com que a solução parecesse brilhante naquele momento. Apesar de que talvez nem saiba que um curso de medicina dure, no mínimo, seis anos.
Essa “farmácia popular” está mais para “farmácia de manipulação”, se é que vocês me entendem.
O-ME-PRA-ZOL! Esse sim, cura tudo compreendido entre o pescoço e as coxas. É tiro e queda.... pois bem, queda.. acredite e caia do cavalo.
E se o assunto for a dor, existe um milhão de opções que os nossos médicos de plantão oferecem. 
Isso quando não vem aqueles ambulantes de terra longínquas e armam uma banquinha rodeada por curiosos cheios de história para contar. Esses sim curam tudo. “Pra coração partido, tem?” “Tem não, aí é só o tempo...” “Assim num ajuda, né moço”.
E pensar que antigamente tinha chá para todos os males, e a gente acreditava, e curava... Até coração partido...

Porque de médico e louco todo mundo tem um pouco, não é mesmo?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Assunto é coisa que não acaba

"Tanta gente morrendo de sede e tanta gente morrendo afogada".
(in Conversas que a gente ouve por acaso na rua).
A verdade é que, estranhamente, não ignorar bêbados e andarilhos, aumenta nossa bagagem. No geral, ouvir pessoas que, aparentemente, não agregam nada por falta de estudo é falta de cultura. Mas isso não quer dizer, falta de experiência.
São os mínimos detalhes... e a gente gosta de coisa pequena, não é mesmo? Celulares, computadores, livros de bolso, chaveiros imitando tudo o que já existe só que em tamanho bem menor.
Há quem diga que o maior é melhor... eu não discordo. Vejamos... grande abraço, grande amigo, imensa saudade...
"E por falar em saudade..."
Como, ao mesmo tempo que, faz bem sentir, dói demais? E o oposto da saudade? A gente nunca percebe quando sente e nem dói, é sem graça. E não é tão bom sentir coisas sem graça...
Sendo assim, é bom sentir coisas com graça, engraçadas, que fazem rir... como cócegas, ou stand up homenageando seu ego, irônicamente.
O menage? Ouvi dizer que é à três. Mas na minha área o A4 é mais comum, e vulgarmente conhecido como sulfite... e por aí vai. Assunto não acaba mesmo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

“Tarapia” (é tarapia mesmo)



Quer maior masturbação do que: Conhece-te a ti mesmo?
A gente passa pela vida e a vida passa pela gente e não sabemos quem somos.

“Sabe, é uma vergonha só de falar que a gente fica assim, perdida, por causa de outra pessoa. É lógico que se não tivesse acontecido, tudo estaria melhor... ou não.”

O “ou não” pode ser o empurrãozinho que faltava. O “ou não” nos faz crescer e descobrir que, apesar de tudo, nós somos pessoas com potencial e não podemos parar nosso movimento de rotação. Parece egoísta. E, se quer saber, às vezes precisamos ser egoístas um pouco e não substituir o Sol no universo por alguém que nos faz feliz por um tempo indeterminado.

Tudo é ritmo. Movimento.
As coisas que estão paradas, geralmente são inanimadas e foram construídas para isso. Tudo que passa, ou vem ou vai. Porque o que fica parado estraga, como uma fruta em cima da mesa, assistindo às mudanças climáticas. Porque até o clima muda.

A maior comunicação de massa é a música. Dentro das boates, das igrejas, das escolas... Quando algo é grandioso, merece um hino. Façamos um hino a nós mesmos, então. Porque nós somos importantes. E se alguém discordar, é porque só não dança a mesma música que você.

Você não precisa estar nas paradas de sucesso, mas com certeza vai se surpreender com sua própria melodia.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Add Dona Maria?


O facebook foi criado por um estudante, virou sucesso no mundo todo e a história ganhou até filme. Mark Zuckerberg criou o facebook quando estava na faculdade. Isso me faz pensar. Se todo mundo fizesse algo legal assim enquanto estivesse na faculdade, estariam todos ricos. Ta. Hoje as pessoas entram na faculdade para conseguirem um emprego melhor e ganhar mais. Poucas pessoas estudam para aprender de fato. Se alguém inventa uma coisa grandiosa dessas, terminar o curso seria um mero capricho.
 O Orkut acabou explodindo um pouco antes por aqui e quase ninguém sabia que era o nome de um cara. Hoje a interatividade vai mais além e, se compararmos os joguinhos do Orkut com aqueles que a gente jogava numa beleza de 486, com disco flexível, os gráficos estão pau a pau.
Depois vieram muitos outros que nem dá pra lembrar o nome, nem a senha...
E é incrível como todo mundo se conhece..... sem se conhecer. Algumas vezes há até um critério de seleção baseado em foto e status. Joinha!
Esses dias eu adicionei tanta gente no meu facebook, gente que eu “supostamente” conheço. O facebook “descobre” quem eu devo conhecer e me indica, caso eu tenha me esquecido. E todo mundo me aceitou! :)
Confesso que todos que adicionei, conheço de vista através de alguns círculos sociais e lugares que freqüento, mas será que essas pessoas lembrar quem eu sou? Ah sim, eu sou um algarismo a mais entre seus inúmeros “amigos”.

E a dona Maria?
Todo mundo conhece uma dona Maria, pelo menos uma. Ou um “seu Zé”.
Eles sim te conhecem. Provavelmente já te pajearam quando era criança para seus pais irem ao cinema e nunca reclamaram das coisas que você quebrou na casa deles.

Mas quem é convidado para o batizado do seu primeiro filho? Quem confirmou presença pelo facebook, é claro!

Não estou dizendo pra todo mundo encerrar suas contas nas redes sociais, mas sejamos um pouco mais “sociáveis”. E eu nem posso ser contra, isso facilita desde a divulgação deste até encontrar as próximas gerações na dona Maria no mundo digital.